domingo, 10 de outubro de 2010

O MERCADO DE TRABALHO DE AMANHÃ

O Turismo se destaca entre profissões em ascensão na região de Jundiaí; no Brasil, 2 milhões de postos devem ser criados até 2014

Depois de 18 anos fora do mercado de trabalho, Márcia de Fátima Pilot, 43 anos, deixou de ser dona de casa e se tornou uma profissional qualificada na área de turismo. A opção pelo curso foi baseada exclusivamente em características pessoais. Entretanto, mesmo que ingenuamente, foi uma escolha estratégica.

Estudos do Governo Federal projetam dois milhões de postos de trabalho no setor até 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil. Em Jundiaí e região, outro fator é determinante para a alta da demanda por profissionais qualificados. “A cidade está entre os 10 municípios que integram o Circuito das Frutas, projeto que visa promover o turismo rural”, considera Eduardo Alvarez, diretor da Etec Benedito Storani.

Essa é a principal justificativa para a área de turismo ser apontada pelo especialista como uma das profissões do futuro na cidade. “A demanda existe, é grande, e não há profissionais qualificados para preencher estas vagas”, garante.

Formada no curso técnico desde dezembro de 2009, Márcia confirma o bom cenário do mercado. “Consegui estágio com facilidade e estou muito contente com o meu trabalho. Nessa área, só fica desempregado quem não tem vontade e disposição”, afirma, contando que atualmente é guia de turismo na Fazenda Nossa Senhora da Conceição, em Itatiba.

“Meu objetivo era ser independente financeiramente, mas fazendo alguma coisa que eu realmente gostasse. Sem querer, apostei na carreira certa”, comemora Márcia.

Qualificação
De acordo com Alvarez, diretor da Etec Benedito Storani, os cursos técnicos são boas alternativas para quem está em busca de qualificação. “A prática é muito valorizada e esse é um diferencial importante para disputar espaço”, esclarece. A cada três anos, segundo ele, o conteúdo programático dos cursos é reavaliado de acordo com a inovação tecnológica e o desenvolvimento do mercado de trabalho.

“Um aluno do curso técnico em agropecuária, por exemplo, vai a campo com GPS e computador de bordo. Essa nova realidade tem resgatado o valor de determinadas áreas”, argumenta.

Neste contexto, Alvarez pontua outras profissões que têm se destacado e prometem se sobressair num futuro próximo. “Qualquer função na área de alimentos é uma boa pedida, pois a cidade conta com muitas indústrias e a área acadêmica não tem dado conta de formar o número de profissionais necessário”, revela.
FONTE: JORNAL BOM DIA
Michele Stella
Agência BOM DIA

Um comentário:

  1. Olá, Zé. Eu li esta reportagem no BOM DIA. Bacana, né! Contudo, eles indicam na reportagem que existem cursos para GUIA DE TURISMO em algumas escolas da cidade, o que não é real. Citaram a UNIP, o SENAC e o Benedito Storani, sendo que, com exceção da UNIP que nunca ofereceu habilitação para guia de turismo em seus cursos, as outras escolas não estão com este curso aberto.

    ResponderExcluir